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Para não esquecer importâncias

  • Foto do escritor: natrilhadabiodiver
    natrilhadabiodiver
  • 6 de jan.
  • 2 min de leitura

por Isabella Vieira


Fiquei pensando sobre importâncias e esquecimentos depois de ler todos os textos desse blog, que há um tempo atrás ainda não existia. Me encontrei com essas palavras (antes do blog) à medida que fomos trilhando, sentindo e pensando os processos e as pesquisas em 2023.

A trilha que propus às crianças só veio em 2024, a reconhecendo como metodologia de um possível e experimentando como exercício filosófico para pensar naturezas. Acredito que a cada nova edição e tentativa, a trilha adquire suas próprias formas e contornos, o que depende muito do caminho e de quem caminha junto nessa “aventura tremenda”.

Assim, nessa edição com as crianças me debrucei acerca de como garantir e legitimar filosofias a partir das narrativas infantis que apresentam o espaço. Alguns estudos filosóficos nos dizem sobre uma certa lógica de pensamento capaz de levar o pensar inicial até o pensar superior, e daí como localizar -e legitimar- lógicas infantis a partir de um corpo que também se movimenta em subversões? Fui tomada por essa questão até me recordar o que é realmente colocado dentro dessa metodologia do possível: a trilha como reivindicação de um lugar em que é possível sentir. Só lembrei agora, retomando os registros e me dando conta de como os nossos processos foram e são para sentipensar, e que sentir pode ser um dos exercícios principais quando a proposta se trata de gentes e caminhos.

 

Se a gente não sente, ou não deixa espaço para o sentir, o que escapa?

 

Nessa trilha, poderia escapar a Sophia reforçando algumas (muitas) vezes sobre como o barro pode construir brinquedos e como brinquedo é urgente! Claro, se o barro é importante e possui valor cultural legitimado, a brincadeira também. Imaginar e criar são urgentes aqui. Poderia escapar a Maria Flor que reconhece conversar com sua gatinha como possível exercício na natureza. Claro, existe um certo reconhecimento da gatinha como natureza, mas o conversar envolve afeto que em algumas medidas pode querer dizer semelhança e reconhecimento. Mais tarde nessa mesma trilha ela me levou a pensar, quando foi que nos esquecemos que também somos animais?

Cheguei até aqui numa tentativa de legitimar um processo educativo que sente e, ao mesmo tempo, legitimar esse espaço que pode servir para que não nos percamos. Rastros que mapeiam composições de trilhas, ou que evidenciam o que faz de uma trilha, trilha. Espaço para ser inteiro e em conjunto. Coletividade. Por tudo isso, agora penso como operar filosofias que passam por corpos -que sentem, subvertem, contradizem lógicas-, e como corpos podem ser exteriores ao exercício filosófico. Podem??

 

Se o corpo escapa, o que sobra?

 
 
 

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